domingo, 15 de novembro de 2009

O CONVENTION NO MUNDO

CONVENTION BUREAUX NO MUNDO


DETROIT, O INÍCIO DE TUDO


A história da origem dos CVB's é tão antiga quanto curiosa! Pesquisas revelam que no final do século XIX, antes mesmo que a linha de montagem criada por Henry Ford para a produção em série dos automóveis da marca começasse a chamar a atenção de empresários de outros estados e países pelo sucesso obtido com o aumento da produtividade e racionalização dos custos de produção, introduzindo o conceito de economia de escala, a cidade de Detroit, fundada por Jean De La Mothé Cadillac, já era famosa como uma das mais ativas produtoras de fogões e móveis de cozinha do país! Isso já lhe garantia um fluxo de visitantes enorme, numa prévia do que estava para acontecer em termos de revolução conceitual na forma como esse fluxo era entendido até então.


Detroit, aliás, sempre foi uma cidade com grande apelo turístico e de economia poderosa. Já no início de 1896, muitos homens de negócios das mais variadas cidades chegavam a Detroit para participar de convenções, congressos e reunioes de trabalho. Os hotéis, restaurantes, táxis, bares e boates viviam abarrotados de gente animada com muita propensão para gastar! A cidade já começava a evidenciar certa vocação para o turismo de negócios naquele final de século.


Foi num desses dias, mais precisamente no dia 06 de fevereiro de 1896, que Milton Carmichael, um jornalista recém chegado de Indiana, ligado ao Partido Republicano, foi trabalhar no The Detroit Journal, um dos principais periódicos da época, e escreveu o texto que reproduzimos abaixo, e que pode ser considerado o estopim para a fundação do primeiro convention bureau do mundo! Chamamos a atenção para a acurada visão estratégica demonstrada por Carmichael, falecido em 1948, disfarçada pela aparente simplicidade do texto, o qual, após uma análise mais cuidadosa, revela uma modernidade difícil de entender em pleno século XIX.


O PUXAO DE ORELHAS DE CARMICHAELM


Relíquia histórica: capa da edição de 06.02 de 1896 onde saiu o artigo de Carmichael


"...Ao longo dos últimos anos Detroit construiu fama de cidade de convenções. Visitantes vem de milhares de quilômetros de distância para participar de eventos empresariais.


Fabricantes de todo o país usam nossa hotelaria para promover reuniões onde discutem os temas de seus interesses, mas tudo isso sem que haja um esforço por parte da comunidade, nem uma ação que vise dar-lhes algum apoio durante sua estadia entre nós! Eles simplesmente vem para Detroit porque querem ou precisam! Será que Detroit, através de um esforço conjunto, não conseguiria garantir a realização de 200 ou 300 convenções nacionais ao longo do próximo ano? Isso significaria a vinda de milhares e milhares de pessoas de todas as cidades americanas, e elas gastariam milhares de dólares no comércio local, beneficiando a população da cidade.


“Para isso é preciso que nossos empresários parem de olhar o próprio umbigo e enxerguem as possibilidades abertas por uma ação conjunta de promoção da cidade e não apenas da visão do próprio negócio."


Com esta nota aparentemente inocente, Carmichael conseguiu despertar o interesse de alguns empresários e comerciantes membros da Câmara de Comércio e do Clube dos Fabricantes, os quais, em reuniões com hoteleiros, agentes de venda do sistema ferroviário e outros comerciantes, decidiram, em encontro acontecido no hotel Cadillac, fundar uma organização para promover, de forma ordenada e conjunta, um esforço contínuo para atrair mais convenções para a cidade. Assim surgia o The Detroit Convention and Businessmen's League, ou Liga de Convenções e Homens de Negócio de Detroit, primeiro nome da entidade que em 1907 passou a adotar a denominação de Detroit Convention & Tourists Bureau. Nessa época, o convention tinha um pouco menos de 20 empresas associadas, mas a idéia vingou e começou a dar frutos em outras cidades dos Estados Unidos e até do exterior. Em 1915 havia 12 outros convention, cujos representantes se encontraram em Detroit para formar a organizaçao que hoje é a IACVB - International Association of Convention & Visitors Bureaux, entidade que reúne centenas de CVB's do mundo todo.


O CONCEITO


O surgimento do primeiro convention do mundo, como vimos, foi motivado por um singelo artigo de jornal que questionava a passividade dos empresários locais com relação aos benefícios da vinda de visitantes para a cidade. Mas, na verdade, esse artigo questionava muito mais que isso. Se for interpretado adequadamente, o pensamento de Carmichael continha o embrião do associativismo no setor de turismo! O que ele queria dizer de fato, é que os empresários deveriam parar de promover a concorrência predatória entre seus empreendimentos, olhando cada um para seus próprios interesses, e privilegiar uma visao global e estratégica do mercado, atuando de forma coletiva em favor do desenvolvimento econômico da cidade como um todo, atitude a qual, na visão do jornalista, acabaria por beneficiar cada um dos participantes.


No fundo, Carmichael promovia ali as vantagens de se colocar o bem comum acima do bem individual, ou seja, incentivava o associativismo em favor da comunidade. Mas Carmichael não era ingenuo. A mensagem subliminar que ele passou, era de que, é muito melhor ter um negócio, qualquer que seja e de que tamanho for, numa economia forte, vigorosa, em crescimento, do que lutar para manter uma empresa em funcionamento numa economia estagnada ou em declínio! Resumindo, ajudando a manter a economia aquecida, você estará ajudando o seu próprio negócio. Sustentando uma visão estratégica de qual é o nosso negócio, definindo claramente qual a nossa Missão, evita-se não a concorrência, que essa é necessária e saudável, mas o aparecimento de substitutos, esses sim, capazes de arruinar nossas empresas! Está aí a genese de todos os convention bureaux, agir no fomento da economia local de forma a garantir o incremento dos negócios de todos os associados mantenedores e perpetuar suas empresas. Como dizia o mestre Theodore Levitt, "o primeiro negócio de qualquer empresa, é permanecer no negócio"!


A HISTÓRIA FAZENDO HISTÓRIA


Entretanto, um fato histórico ajudou a dar visibilidade mundial a cidade de Detroit, e vai ficar para sempre ligado a história dos conventions: Naquele mesmo ano de 1896, Charles B. King saiu de sua loja em St. Antoine dirigindo uma carruagem sem cavalos, movida por um motor de dois tempos, num fato inédito que marcaria o início do surgimento da indústria automobilística que, até hoje, é a marca de Detroit. Era a primeira vez que um automóvel era dirigido pelas ruas da cidade e o autor dessa façanha, Charles King, que chegou a ter dificuldades com as autoridades locais por sua ousadia, coincidentemente, foi um dos fundadores do convention de Detroit.


Evidentemente, as coisas não foram tão fáceis como alguns podem imaginar. Quando Carmichael falou em investimento, em gastar dinheiro para trazer gente de fora, imediatamente algumas vozes mais conservadoras alegaram que seria um desperdício aplicar recursos próprios num projeto tão mirabolante. Segundo essa corrente, caberia as autoridades locais investir na vinda de visitantes e na captação de eventos! Mas a visão estratégica do jornalista, que insistia em defender que cabia a comunidade empresarial se unir e não ficar esperando a iniciativa do poder público, acabou por prevalecer. A independência financeira e a ausência de qualquer ingerencia política são, até hoje, um dos traços mais marcantes dos convention em todo o mundo.


50 ANOS PARA TER UM CENTRO DE CONVENÇÕES


Como se vê, Carmichael já enfrentava lutas delicadas naquela época, inclusive uma que durou mais de 50 anos, que foi o empenho pela construçao de um centro de convençoes de grande porte, capaz de abrigar eventos como o Detroit Auto Show, maior orgulho da poderosa indústria automobilística que se formou no município no decorrer dos anos seguintes.


Num boletim de 1913 o convention alertava que, devido a falta de espaço adequado, a cidade perdera cerca de 3.500 grandes eventos nos últimos seis anos! Por incrível que pareça, essa é uma situaçao que ainda aflige alguns convention mundo afora, principalmente no Brasil, mas, como podemos constatar, é uma reivindicação que, se não tem dado muitos resultados práticos, pelo menos conta com uma considerável e curiosa herança histórica.


O PRIMEIRO CVB DO MUNDO, DETROIT OU LONDRES?


Com todos os problemas, no entanto, os empresários de Detroit, liderados pelo jornalista Carmichael, acabaram por formatar o conceito que viria a dar origem, anos mais tarde, ao primeiro convention do mundo funcionando nos mesmos moldes dos de hoje - o London Convention & Visitors Bureau, fundado, já com essa denominação e características, em 1905.


Alguns estudiosos preferem dizer que o primeiro convention do mundo foi o de Londres, uma vez que, como vimos, foi o primeiro a adotar a atual denominação e o primeiro a constituir-se e a agir exatamente da mesma forma como conhecemos hoje.


Com todo o respeito pelos que assim pensam, entretanto, sou mais seduzido pela idéia original de Carmichael, pela percepção de que é preciso trabalhar em conjunto e em favor da economia do destino, enfim, pelo que considero o conceito embrionário do sistema dos CVB's, o qual, independentemente da designação ou fórmula, está impregnado de um pioneirismo difícil de ignorar para a época em que foi formulado. No meu entendimento, e com o perdão dos que discordam, Londres foi uma conseqüência do pensamento estratégico de Carmichael.


Desde então muita coisa mudou, o turismo cresceu e ganhou importância estratégica para muitos países. Transformou-se em produto de exportação, atividade geradora de emprego e renda, assumiu status de impulsionador do desenvolvimento e ganhou as páginas de economia dos principais meios de comunicação. Entretanto, a idéia de entidades agindo no apoio a captação de eventos e na divulgação dos atrativos turísticos de uma cidade ou região para aumentar o fluxo de visitantes, vem sendo consolidada nos cinco continentes, foi ganhando corpo, e hoje, existem mais de 1000 conventions espalhados pelo mundo!


O Falso dilema da Room Tax






O falso dilema da room tax facultativa






Rui Carvalho – rui@ruicarvalho.com.br – Consultor da CBC&VB


O sucesso do modelo dos convention & visitors bureaux, entidades pri-vadas sem fins lucrativos que buscam alavancar o desenvolvimento e-conômico e social através do incentivo à atividade turística, já está e-xaustivamente provado nos mais de 100 anos de sua história. No Brasil, essas instituições têm sido quase sempre portadoras de excelentes notí-cias e revelaram-se ferramenta fundamental no processo de repensar o turismo, despindo-o de sua aura de entretenimento e lazer, e conferindo-lhe status de força econômica estratégica. O problema é que parte do mercado, e principalmente daqueles que poderiam ser parceiros, desconhece a realidade dessas instituições.


Uma boa parte dos mais de 100 CVBx brasileiros ainda luta com a crônica falta de recursos para desenvolver suas atividades adequada-mente. Apenas um punhado deles consegue participar de feiras e expo-sições, fazer viagens de captação com regularidade, ou, o que é pior, produzir materiais básicos de promoção do destino.


A solução, equivocada a meu ver, tem sido recorrer às verbas públicas, tentando aqui e ali descolar um patrocínio ou estabelecer convênio com municípios, estados e federação. Não deveria ser assim. Por definição, os CVBx são entidades privadas e como tal deveriam ter independência do poder público. Mas então onde está o problema? Um bom lugar para procurar respostas pode ser o sistema de cobrança de Taxa de Turismo ou Room Tax Facultativo. Este método, através do qual o hóspede do hotel conveniado é convidado a contribuir com um valor simbólico acrescentado à diária, está universalmente consagrado e, em alguns lugares do mundo, o pagamento é obrigatório (daí a denominação room tax).


Essa idéia surgiu no Canadá em abril de 1971 e correspondia a 5% do valor da diária. Como era obrigatória, essa taxa foi defendida pelo primeiro ministro canadense na época com o seguinte argumento: ”levamos em con-sideração que nossos turistas deveriam fazer uma pequena contribuição para nossas despesas feitas em seu favor”. Aos poucos a idéia foi sendo adotada em todas as principais cidades do mundo. Para que não digam que isso foi idéia de gringo e que não poderia dar certo por aqui, lembro que uma das conclusões do primeiro congresso da ABIH, em 1936, dizia que “era preciso criar uma taxa que subsidiasse a promoção turística no Brasil”. Setenta anos depois dessa observação ainda encontramos dificuldades para convencer alguns hoteleiros da necessidade de ajudar os CVBx a aumentar o fluxo de visitantes (hóspedes).


A situação, em alguns destinos é crítica. Cerca de 90% dos CVBx brasileiros têm na room tax facultativa a principal fonte de recursos. Em muitos casos, a room tax responde por mais de 90% da arrecadação. Imaginem o dia a dia de uma entidade que não tem controle sobre 90% de sua receita, pois ela vem de um sistema que não é obrigatório nem passível de fiscalização por parte da entidade! Para complicar, alguns CVBx têm enfrentado dificuldades com as autoridades locais que implicam com essa cobrança, alegando não estar clara a sua opcionalidade. Por sua vez, os hoteleiros queixam-se da dificuldade em “vender” a taxa aos seus hóspedes. Segundo eles, o nome “taxa de turismo” encontra resistências por aparentar tratar-se de uma taxa recolhida pelo poder público (sabidamente desacreditado) ou por que o hóspede não concorda em contribuir para o turismo local, uma vez que, se está a trabalho, alega não ser turista.


O problema real, entretanto, tem duas causas fundamentais: a primeira é a dificuldade da maioria dos CVBx em treinar adequadamente seus parceiros dos hotéis, aliada à dificuldade de fazer com que os hoteleiros entendam a importância dos CVBx para o seu negócio. Ou seja, trata-se, antes de qualquer coisa, de fazer a lição de casa com mais esmero e persistência.


A segunda causa é mais conceitual. Ela vem da constatação de que o brasileiro ainda não aceita bem a idéia do associativismo, ainda não lida bem com o princípio de ajudar a coletividade independentemente de tirar benefícios diretos desse ato ou não. É um erro lamentável. A equação, de tão simples, chega a ser constrangedora. É fácil comprovar que a totalidade dos recursos arrecadados pela room tax facultativa é aplicada na promoção do destino. Essa promoção possibilita aumentar o fluxo de visitantes. Com esse aumento de fluxo, mais de 50 setores são impactados: hotéis, táxis, comércio, indústria de bebidas, telefonia, gastronomia, enfim, uma cadeia produtiva que gira em torno da atividade turística, principalmente do turismo de negócios.


Com esse aquecimento da atividade econômica local, geram-se empregos e distribui-se renda, principalmente nas camadas da população menos favorecidas, que constituem a mão de obra intensivamente usada pelo setor.


A pergunta é: quem pode ser contra isso no Brasil? Quem, conscientemente, se negaria a contribuir com um valor simbólico (que costuma variar de 0,50 a 3 reais por dia, dependendo da categoria do hotel) para ajudar a gerar empregos?


Isso nos leva a outra questão igualmente importante: qual a razão de muitas grandes empresas nacionais e multinacionais, e até, pasmem, algumas grandes operadoras, se negarem a pagar essa contribuição?


Será que não está na hora de refletir sobre o real impacto que esses recursos têm nas economias locais e, conseqüentemente, na geração de emprego e renda? Será que não chegou a hora de parar para avaliar a relação custo benefício dessa contribuição? Será que colocar o bem comum acima de interesses pessoais não é uma idéia atraente o suficiente em tempos de violência desconcertante onde impera a lei do cada um por si? Se o problema é o nome, vamos mudar o nome! O que não podemos é ficar como avestruzes, fingindo que não é conosco, enquanto um modelo de desenvolvimento turístico aprovado há mais de um século, ainda patina na falta de visão estratégica de boa parte de nossos empresários e executivos. Aqui fica o convite para a reflexão.


Postado em 22/10/2008


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OS CVB's NO BRASIL


No Brasil, a história dos CVB's é muito mais recente. Na verdade, apenas em 1983 surgiu a primeira iniciativa concreta, com a fundação do São Paulo Convention & Visitors Bureau, nosso pioneiro. Logo em seguida, em 1984, o Rio de Janeiro criava seu bureau para explorar melhor o enorme potencial daquele destino mundialmente consagrado.


É justo salientar que, segundo Aristides de la Plata Cury, um dos pioneiros do setor e por muito tempo executivo do SPCVB, na verdade, as primeiras conversas em torno do tema surgiram no Rio de Janeiro e nao em São Paulo. Isso teria ocorrido, ainda segundo Aristides, pelo fato da Embratur, na época, ter sua sede na capital fluminense, e pelo empenho da Varig, principal interessada no aumento do fluxo de visitantes estrangeiros por conta de sua quase exclusividade na exploração das rotas internacionais.


Seguiram-se Florianópolis, Blumenau, Brasília, Petrópolis, Fortaleza, Joinville e Belo Horizonte, mas, é curioso perceber que, em 1997, cento e um anos após a criação do primeiro convention do mundo, e quatorze anos passados da fundação do primeiro do Brasil, existiam apenas oito CVB's no Brasil! Nos oito anos seguintes esse número foi multiplicado várias vezes, e em 2005 já existiam mais de 60 entidades em todo o território nacional.


A FBC&VB COMO INDUTORA DO SETOR


Toda essa movimentação em torno dos convention bureaux tomou corpo com a criação, em 1998, do Fórum Brasileiro de CVB's, depois transformado em Federação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux, presidida por João Luiz dos Santos Moreira, executivo especialista em planejamento estratégico e turismo de negócios. A partir daí, e com a criação, no início do governo Lula, do Ministério do Turismo, o setor foi fortalecido e está presente em todos os níveis de decisão do turismo brasileiro. O presidente da EMBRATUR, Eduardo Sanovicz, é ele mesmo oriundo do sistema de CVB's, pois foi diretor do pioneiro SPCVB. A equipe que montou para dirigir a EMBRATUR foi composta por profissionais emprestados de vários CVB's do Brasil, como Vera Sanches, ex-CVB de Brasília, Jeanine Pires, ex-CVB de Recife, Karin Carvalho, ex-CVB de Curitiba, Vaniza Schüller, ex-CVB de Porto Alegre e Ney Humberto Neves, ex-CVB do Rio de Janeiro, para ficar apenas nos mais conhecidos. A FBC&VB e o próprio sistema brasileiro de CVB's ficaram tão conhecidos e assumiram tamanha importância estratégica, que se transformaram no principal parceiro da Embratur e do Ministério do Turismo na promoção comercial do Brasil no exterior. Paralelamente, a FBC&VB, agora também membro da OMT - Organização Mundial do Turismo, é co-responsável pelos constantes recordes batidos pelos indicadores do turismo brasileiro nos últimos anos. A Federação, entre outras atividades, está presente na montagem e comercialização dos estandes do Brasil nos mais de 40 eventos do setor ao redor do mundo, e encabeça o Programa de Combate ao Turismo Sexual Infantil, empreendido recentemente pelo Ministério do Turismo.


AFINAL, O QUE OS CVB's REPRESENTAM PARA A ECONOMIA?


Se não há como negar a importância dos convention na articulação dos arranjos produtivos locais, é importante perceber que essa importância se deve, em grande parte, a compreensão de que nossas entidades são as mais representativas de toda a cadeia produtiva do turismo justamente por serem fiéis aos princípios enunciados por Milton Carmichael em 1896, integrando horizontalmente os setores interessados no desenvolvimento econômico e social dos destinos através do turismo.


Em todo esse processo, que, como se vê, já dura mais de um século, precisamos destacar exatamente o peso da cadeia produtiva do turismo de negócios como impulsionador do deslocamento das discussões em torno de convention bureaux, da área de lazer e entretenimento para a área de economia. Percebe-se nitidamente, nesse deslocamento, um ganho qualitativo e estratégico difícil de imaginar alguns anos atrás.


De fato, ao agirem no apoio a captação de eventos, os convention acabam impactando, direta ou indiretamente, uma série de atividades que não estão, necessariamente, ligadas ao turismo!


São empresas que prestam serviços auxiliares em eventos, como segurança, limpeza, gráficas, recepcionistas, tradução simultânea, transporte, floriculturas, shows, buffets, restaurantes, casas noturnas, shoppings, táxis, comunicação visual, enfim, um universo calculado em mais de cinqüenta atividades que, somadas, ajudam a compor a base da economia do turismo, responsável por cerca de 8% do PIB nacional segundo especialistas.


Evidentemente, para se chegar a esse número, é preciso incluir na conta o faturamento das empresas que, temporariamente, se juntam a atividade turística em si, ainda que de forma indireta, para formar a dita Economia do Turismo. Assim, quando uma construtora, por exemplo, está levantando um hotel, passa a integrar a economia do turismo.


Seguindo o mesmo raciocínio, quando o hotel encomendar a indústria têxtil a compra dos suprimentos de cama, mesa e banho de que vai precisar, e sabe-se que ela vende, apenas para a hotelaria, cerca de 30 milhões de peças por ano, fará com que esta passe a somar pontos para a economia do turismo! O mesmo acontece com a indústria cerâmica ao fornecer as louças de que o hotel vai precisar, e assim por diante, num círculo virtuoso que espalha benefícios por toda a cadeia produtiva regional.


Foi movimentando essa roda da fortuna que os CVB's conseguiram desviar o foco de discussão da área do interesse turístico para a do desenvolvimento econômico. Hoje, no Brasil, os mais de 60 CVB's existentes, sao mais solicitados pelos cadernos de economia dos jornais do que pelos tradicionais cadernos de turismo, embora, é claro, um bom convention bureau, deva representar com bastante propriedade todo o trade turístico local. Evidentemente, indo muito além disso, os conventions modernos e mais atuantes, tem sua base de representação bastante ampliada, conseguindo uma abrangência que lhes dá legitimidade para discutir, propor e até executar políticas regionais de turismo e influenciar as autoridades na condução dos investimentos no setor, com reflexos muito positivos na atividade econômica das regiões ou cidades que representam.


Por fim, ao agrupar-se em torno da Federação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux, entidade que já representa mais de 50 diferentes convention, o setor tende a crescer em importância e peso político, agindo como caixa de ressonância de uma atividade que é responsável por um faturamento de 37 bilhões de reais anuais (3,1% do PIB), que emprega quase três milhoes de pessoas e recolhe 4,2 bilhões de reais em impostos com a realização de 320 mil eventos por ano.


São números, qualquer que seja o ângulo adotado para análise, que não podem ser ignorados por nenhuma política nacional de turismo, e que, por si só, atestam a pujança do setor e o acerto de Milton Carmichael, quando, lá nos idos de 1896 em Detroit, quase que sem querer, deu origem ao conceito que hoje é reconhecido mundialmente como receita de sucesso para o fomento da atividade econômica e do turismo de negócios, os Convention & Visitors Bureaux.


A CRISE DE IDENTIDADE


A atuação dos convention no Brasil é tão nova e abrangente que ainda se discute sua verdadeira missão e prioridades. Mesmo entre os dirigentes de CVB's, ainda não há consenso sobre qual deva ser a linha de atuação quando se trata de captação de eventos, por exemplo.


Entretanto, embasados na experiência dos CVB's mais atuantes e com melhor desempenho, e respaldados pela idéia original de Carmichael, defendemos a idéia de que nossas entidades devem, prioritariamente, trabalhar no apoio a captação, e nao liderar o processo. Isso se explica em grande parte pelas características do próprio mercado. Quando se quer captar um congresso médico, por exemplo, é necessário, primeiro, envolver a entidade médica representativa da especialidade, convence-la a apresentar a candidatura daquela regional como sede do congresso da especialidade médica que representa. Sem esse apoio, sem essa vontade política, o convention estaria passando por cima daquele a quem cabe promover o evento, e a chance de fracasso seria enorme.


Como trazer para a nossa cidade, por exemplo, o Simpósio Nacional de Cardiologia, se não tivermos a concordância do Conselho Regional de Cardiologia? Por isso dizemos que é competencia da entidade médica ou de classe captar o evento. Evidentemente, tomada essa decisao que é quase sempre político/corporativa, essa entidade vai precisar do apoio do convention para defender a candidatura.


Afinal, é o convention o especialista na infra-estrutura de eventos da cidade. É o convention o especialista no banco de dados de informações de atendimento ao turista, é ele que conhece e promove os atrativos turísticos, que conhece como ninguém os pontos fortes e as fraquezas do destino. É por isso que achamos mais correto dizer que os conventions apóiam a captação de eventos, ainda que, por vezes, sejam obrigados a tomar a iniciativa de motivar a entidade médica ou de classe a apresentar a candidatura, mostrando-lhes as chances de vencer e os benefícios que o evento poderá trazer para todos os envolvidos e para o destino candidato.


Se não entendermos esta dinâmica, se ignorarmos as etapas deste processo, fica difícil administrar as expectativas das empresas que se associam aos conventions como mantenedoras na esperança de que dezenas de eventos sejam captados. O CVB não tem obrigaçao de agir diretamente para incrementar os negócios do seu mantenedor, isso deve ser uma conseqüência de um planejamento de longo prazo e resultado do trabalho contínuo e estratégico de um bom convention.


Nós agimos na promoção do destino e no incentivo a economia regional através do fomento do turismo de negócios, mas não podemos deixar que se estabeleça uma relação direta, de causa e efeito, nas atividades deste ou aquele mantenedor. Conventions, não são departamentos de venda dos hotéis nem equipe comercial de organizadores e promotores de eventos, conventions sao, acima de tudo, executores do marketing de destino. Conventions são ferramentas de marketing que integram horizontalmente os setores interessadas em posicionar uma cidade ou região como sede de eventos e feiras, viagens de incentivo, negó-cios e destino de lazer.


Vale ressaltar mais uma vez a síntese do pensamento de Carmichael: vamos trabalhar juntos para desenvolver a economia local, e com isso, todo mundo terá benefícios. Vamos ajudar uma entidade que promove o desenvolvimento econômico e social, para que possamos conduzir negócios num mercado em crescimento e daí tirar nossas possibilidades de lucro e sucesso.


Em resumo, e para ser fiel ao espírito carmichaeliano, antes de perguntar o que o convention da sua cidade pode fazer pelo seu negócio, voce precisa avaliar o que o seu negócio pode fazer para ajudar o convention a melhorar a economia da cidade e o seu poder de atratividade para eventos, negócios e turismo.


Ao elegermos esta linha de pensamento estratégico como fio condutor de nossas ações, estaremos prontos a prospectar novos mantenedores, sem corrermos o risco de filiar em-presas nao alinhadas com nossa missao, o que, fatalmente, resultaria no aparecimento de problemas futuros, como cobrança indevida de resultados específicos e uma grande taxa de turnover (entrada e saída de mantenedores), prejudicando o desempenho da entidade no médio e longo prazos.


Pelo contrário, agindo de acordo com os conceitos aqui demonstrados, aumentaremos as chances de sucesso do trabalho do convention, e provaremos ter um pensamento estratégico inteligente, ao priorizar o bem coletivo em detrimento do individual. Já será um bom começo, estou convencido de que Milton Carmichael ficaria orgulhoso de ver até onde foram suas idéias originais! Finalmente, lembre-se do conselho do guru Peter Drucker, "a melhor maneira de prever o futuro, é construí-lo!"






Mãos a obra, sorte e muito sucesso.






Texto de: Rui Carvalho. Diretor de Comunicação da Federaçao Brasileira de Convention & Visitors Bureaux, Coordenador da Rede Brasil de Convention & Visitors Bureaux e Diretor Executivo do Campinas e Regiao Convention & Visitors Bureau. rui@campinas-regiao.com.br ou rui.carvalho@fbcvb.org.br






ROOM TAX FACULTATIVA







A Room Tax é a taxa de turismo recolhida junto aos hotéis associados ao Londrina Convention, com finali-dade de garantir conforto, segurança, preços especiais, melhores atrações turísticas, bem como a produção de MAPAS, GUIAS e demais materiais selecionadas especialmente para hóspedes na cidade. Com essa taxa, o turismo na região se fortalece e beneficia VOCÊ, que hoje se hospeda em um de nossos hotéis da cidade, que experimenta o melhor da gastronomia e acima de tudo, tem segurança para usufruir da melhor rede de serviços do Norte do Paraná.


Room Tax


O que é o ROOM TAX


O Room Tax é uma contribuição voluntária existente em todos os conventions e visitors bureau do mundo, onde é cobrada uma taxa de cada pernoite no hotel. Em Blumenau a taxa de Room Tax é de R$1,00.






O dinheiro do Room Tax


O Room Tax tem por objetivo promover o desenvolvimento do turismo através das ações do Blumenau Convention & Visitors Bureau, que atua junto à iniciativa privada e ao poder público, promovendo a qualifi-cação da oferta técnica e dos serviços oferecidos aos visitantes. Os recursos advindos da Room Tax também possibilitam a participação da entidade em diversas feiras nacionais e internacionais, divulgando as poten-cialidades de Blumenau, promovendo a cidade como um destino turístico


Mantenedores / Parceiros > Room tax


Trata-se de uma contribuição no valor de R$ 2,00 (Dois reais) cobrada por pernoite por apartamento aos hóspedes dos hotéis mantenedores, cujo valor, após descontados os devidos impostos, é repassado ao Gramado, Canela e Região das Hortênsias Convention & Visitors Bureau que é associado à Federação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux, para viabilizar as ações de apoio ao turismo sustentável e infância, ações de capacitação, qualificação e preservação do meio ambiente.


ROOM TAX é BEM ACEITA PELOS HOSPEDES


A room tax — taxa de turismo facultativa, cobrada nos hotéis e revertida para o desenvolvimento do setor — foi bem aceita pelos turistas que estiveram hospedados em Maringá, nos últimos meses. Segundo funcionários e gerentes de estabelecimentos da Cidade, a maior parte dos hóspedes pagou a quantia sem reclamar.


A cobrança da taxa, varia de 0,50 à 1,20 por diária, começou a vigorar há dois anos. Os recursos gerados pela roomtax são administrados pelo Maringá Convention & Visitors Bureau (MC&VB).


No King Konfort Hotel, um dos mais novos hotéis da cidade, o diretor-proprietário Fabiano Costa Martinez, está animado para começar a arrecadar a taxa. “Acho muito interessante arrecadar a taxa de turismo, porque é um investimento para a própria cidade, o turista investe para ele mesmo usufruir futuramente, na verdade é um investimento. Estamos com o hotel cheio, e já estamos recolhendo a taxa de room tax com o pessoal do vestibular”, comenta.


O Gerente Geral do Bristol Metrópole Hotel, Dejair Trindade que começou a arrecadar a taxa neste mês, conta que existe uma resistência dos hóspedes ao pagar a taxa. “Maringá tem uma grande perspectiva de progresso, e como toda grande cidade ela vem a acalhar, e aceitar a taxa. Poucos são os pagantes agora no começo, mas no decorrer este número só vem a crescer”, comentou.


Boa aceitação


A personal trainer Danieli Buosi, que estava hospedada em um hotel de Maringá, disse que acha normal a cobrança. ‘‘Já paguei essa taxa em outras cidades’’.


O comerciante Wilson de Souza Santos, morador de São Paulo, passou o fim de semana em Maringá e nem percebeu a cobrança na hora de pagar a conta do hotel. ‘‘Se a taxa for revertida em alguma melhora para o turismo da Cidade, acho que vale a pena pagar’’.


A taxa


A roomtax já existe em 46 cidades do Brasil. A Capital foi a pioneira, adotando a taxa em 1983, seguida pelo Rio de Janeiro, um ano depois.


Em média, o valor cobrado no País é de R$ 2,41. Em alguns municípios, o preço varia de acordo com a classificação do estabelecimento. Em São Paulo, por exemplo, a cobrança varia de R$ 3,00 a R$ 6,00.


Os valores arrecadados na região serão aplicados principalmente em participações em feiras de turismo, confecção de material de divulgação, manutenção de site na internet e elaboração de vídeos institucionais.


Daniel Coutinho


Assessor de Imprensa – MCVB


Recife Convention & Visitors Bureau


O que é o Recife Convention & Visitors Bureau?


É uma associação sem fins lucrativos que congrega empresas e entidades ligadas aos setores de turismo, transportes, comércio, indústria e serviços de Pernambuco.


A função do Convention Bureau é promover o turismo e suas atividades inerentes, atraindo novas oportuni-dades de negócios para seus associados; fortalecendo a imagem de Pernambuco, nacional e internacional-mente.


Através das mensalidades dos associados, o Convention Bureau mantém sua estrutura física, o funcionamen-to de suas atividades administrativas e sua equipe de profissionais. Já os projetos da entidade são executados a partir da arrecadação da taxa de turismo (room tax) e através de parcerias técnicas e financeiras com orga-nizações públicas e privadas.






Projetos Específicos







Pernambuco pra você


Realizado em parceria com as Secretarias Estadual e Municipal de Turismo, o pro-jeto contemplou a realização de eventos turístico-culturais direcionados ao trade e o empresariado de 14 ci-dades brasileiras.


De abril a setembro, foram visitados os principais emissores, dentre eles cidades como São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e Salvador.


Além de rodadas de negócios, o projeto contemplou a capacitação de operadores e agentes turísticos em rela-ção ao destino Pernambuco. Mais de quatro mil profissionais do setor foram conferir os novos roteiros e as novidades dos equipamentos turísticos durante as rodadas de negócios.


Com um investimento de R$ 6 milhões, o projeto teve aprovação de 81% do público e 31% do empresariado expositor fechou algum tipo de negócio durante o projeto.


O Brasília e Região Convention & Visitors Bureau é uma Fundação de caráter privado, sem fins lucrativos, que visa divulgar Brasília como destino turístico, a partir do apoio a captação de eventos, usufruindo, para tanto, de estratégias de marketing.


O suporte para o desenvolvimento do nosso trabalho é garantido pela iniciativa privada, ligada a cadeia produtiva do turismo da cidade, em conjunto com as instituições legais de cada segmento como ABAV, EMBRATUR, SINDHOBAR, ABARE, ABIH, dentre outras.


O trabalho do BRC&VB consiste no repasse de informações sobre Brasília, apresentação da infra-estrutura para eventos, centro de convenções, apoio com material promocional institucional, elaboração de dossiê composto com todos os dados de avaliação para o evento, cartas de apoio de entidades governamentais e privadas e ainda, a viabilização de visitas de inspeção, além da viabilização de contatos com profissionais da área.


CVB FORTALEZA OBJETIVOS


a) captar e gerar eventos e congressos de alcance regional, nacional e internacional, atuando como órgão de apoio, para a cidade de Fortaleza e outras localizadas no Estado do Ceará;


b) desenvolver e incrementar os eventos já existentes e que se enquadrem nos objetivos traçados pela Fundação;


c) manter intercâmbio técnico, cultural e social com entidades congêneres no âmbito regional, nacional e internacional, a elas se associando no interesse da Fundação e de seus objetivos;


d) promover o aperfeiçoamento dos recursos humanos que atuem nas atividades turísticas, através de cursos, debates e pesquisas, por si, ou mediante convênios com estabelecimentos de ensino e entidades congêneres;


e) promover a integração das atividades culturais e artísticas em geral, relacionadas, entre outras coisas, a congressos, eventos e simpósios;


f) apoiar as atividades esportivas, culturais e artísticas promovi-das no Ceará;


g) patrocinar exposições, festivais de arte, espetáculos teatrais, de dança, de música, de ópera, de circo e atividades congêneres;


h) incentivar a pesquisa no campo das artes e da cultura em ge-ral;


i) incrementar, incentivar e desenvolver o turismo receptivo no Estado do Ceará.


j) Apoiar entidades públicas e privadas contratando serviços pro-fissionais, projetos e produtos como estudos, pesquisas e consultorias com intuito de melhorar a infra-estrutura turística, cultural e esportiva do Estado, notadamente de equipamentos de lazer, eventos e entretenimentos, bem como aqueles voltados a convenções, exposições, congressos, feiras e congêneres.


O Petrópolis Convention & Visitors Bureau teve sua proposta aprovada no Processo de Seleção de Projetos de Apoio à Co-mercialização do Ministério do Turismo. O valor de repasse para cada um dos selecionados será de R$ 100 mil.


Os dois contemplados da Região Sudeste foram “Promoção do Destino Petrópolis e Região no Mercado Nacional”, do PC&VB, e “Promoção das Regiões Turísticas Indutoras de Minas Gerais no Mercado Nacional”, da Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais. O objetivo principal do projeto apresentado pelo Convention era de divulgar a cidade como destino turístico no mercado nacional e internacional, seguindo as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor de Turismo de Petrópolis.


O presidente do PC&VB, Flávio Câmara, disse que isso é um feito inédito e a realização de um grande sonho. “Com esse projeto aprovado, temos garantia de recursos para 2010 nas ações de promoção e divulgação do destino, que certamente resultarão em impacto positivo na geração de fluxo turístico, onde somaremos esforços com a Fundação de Cultura e Turismo para potencializar as ações propostas”, falou entusiasmado.


Entre as metas desse plano de trabalho estão a produção de material promocional; veiculação de campanha em outdoors; atualização, digitalização e produção do Manual de Comercialização para Or-ganizadores de Viagem, Eventos e Convenções em DVD; contratação de assessoria de imprensa; organização de famtours para agentes e operadores de turismo e press trips para jornalistas; participação em feiras e workshops de turismo


O São Paulo Convention & Visitors Bureau - SPCVB é uma fundação sem fins lucrativos mantida pela iniciativa privada. Seu objetivo é fomentar o turismo na cidade de São Paulo e nos destinos parceiros, seja ele de lazer ou de negócios. Com isso, ao se aumentar o número de visitantes que chegam à capital paulista, aumenta-se também a procura por hotéis, transporte, gastronomia, lazer e uma grande quantidade de serviços, movimentando 52 setores da economia e acelerando o crescimento da indústria paulistana e nacional.


Room Tax Facultativo não é uma taxa, nem um tributo, é uma contribuição. É uma contribuição do visitante para apoiar as ações de captação de mais eventos para a cidade, destinos parceiros e a produção de material de divulgação do destino, incluindo campanhas publicitárias, folders, panfletos, cartazes, vídeos, banco de imagens, agenda de eventos, catálogos de dicas e descontos, mapas, além dos treinamentos para bem receber nossos visitantes.


Assim agrega-se valor ao setor, colabora para a melhoria da infra-estrutura da cidade e conseqüentemen-te, contribui para aumentar o fluxo de visitantes e a taxa de ocupação dos hotéis e estabelecimentos asso-ciados, movimentando a economia de nossa cidade e dos destinos parceiros, em benefício dos visitantes e seus habitantes.


Qual o procedimento para o repasse ao SPCVB?


Todo dia 1º de cada mês, o Departamento Administrativo Financeiro do SPCVB envia um e-mail ao responsável no Departamento Financeiro do hotel, solicitando o valor que foi arrecadado no mês anterior.


O Departamento Financeiro do hotel responde neste mesmo e-mail, o respectivo valor arrecadado, des-contando os impostos devidos. Com base neste valor, o SPCVB enviará um boleto eletrônico, a favor da Fundação 25 de Janeiro, para o devido pagamento em qualquer banco, com vencimento até o dia 10 do mês.


O valor arrecadado é uma contribuição destinada exclusivamente às ações da Fundação, que presta contas anualmente a Procuradoria das Fundações do Estado. Por isso, é importante manter os controles dos valo-res arrecadados e repassados conforme cronograma mencionado acima.


O recolhimento e não repasse pode caracterizar apropriação indevida de recursos.


O valor a ser informado para a emissão do boleto é: RTF = valor arrecadado do RTF do mês (-) impostos devidos. Os Impostos devidos são 1,65% de PIS, 7,6% de COFINS, 5 % ISS.


E como fazemos isso?


Integrando setores da sociedade, por meio de parcerias público privadas e associados mantenedores, co-mo os hoteleiros, organizadores de eventos, agências de viagens, companhias aéreas, locadoras, shoppings centers etc. Toda ação em prol desse objetivo é bem vinda. O SPCVB busca ainda promover, captar e gerar eventos na capital e em destinos associados, como ABC, Alphaville, Tamboré, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Osasco, Costa dos Alcatrazes, Ilhabela e Brotas.


Transparência, Ética, Inovação, Profissionalismo e Sustentabilidade


São valores que norteiam a Entidade, que garantem a imparcialidade nas decisões, o espírito inovador e a credibilidade necessários para fazer de São Paulo um lugar cada vez mais atrativo a visitantes, empresas e profissionais do turismo e de eventos.


Com que recursos que a Fundação 25 de Janeiro SPCVB se mantém?


Os recursos do SPCVB são provenientes de seus associados por meio de mensalidades e dos hotéis através do repasse do: Room Tax Facultativo - RTF. O RTF é uma contribuição facultativa, dos hóspedes de hotéis e revertida para a Fundação 25 de Janeiro. É uma prática internacionalmente conhecida e utilizada com sucesso em centenas de cidades do mundo.


O que é o Convention Bureau?


Sr. Hans Otto Taube (Presidente do CJRC&VB)


O Campos do Jordão e Região Convention & Visitors Bureau (CJRC&VB) – é uma entidade sem fins lucrativos que tem a missão de promover e ampliar o potencial turístico da nossa região, aumentando o fluxo de turistas de negócios e lazer.


Como faremos isso?


Gerando, apoiando e captando eventos de todos os tipos e promovendo os atrativos turísticos da região, além de progra-mas de treinamento de mão-de-obra que irão melhorar o a-tendimento ao turista.


O que é o Room Tax Facultativo?


A exemplo de centenas de outras cidades no Brasil e no exterior, o financiamento de nossa atividades depende, em grande parte, dos recursos arrecadados por meio da “Room Tax Facultativo“ que é uma contribuição opcional e simbólica, cobrada em todas as diárias dos Meios de Hospedagem associados.


O apoio que sua empresa precisa para o sucesso de seu evento em Campos do Jordão está aqui!


Campos do Jordão e Região Convention & Visitors Bureau


Av. Frei Orestes Girardi, S/N – Parada Grande Hotel


Vila Capivari – 12460-000 – Campos do Jordão/SP


Fone ++ 55 (12) 3664 4422


info@conventionbureau.org.br


PROCON E MINISTÉRIO PÚBLICO DO PR


Cobrança sem aviso prévio tem colocado órgãos de fiscalização em alerta em todo o Brasil


por: Garon Piceli – Click Foz do Iguaçu


Na sexta-feira (23) o jornal de circulação estadual Gazeta do Povo (edição 29.205) publicou uma matéria sobre a taxa recolhida dos hóspedes de hotéis sobre a diária, e que serve para manter o Convention & Visitors Bureau (organização de instituições que promovem o turismo e a receptividade de uma cidade ou localidade) denominada de 'room tax' em nível nacional - em Foz do Iguaçu recebe o nome de 'tourism tax'. A Gazeta do Povo noticiou ainda que o Ministério Público do estado do Paraná deter-minou um ajuste de conduta para que o Curitiba Convention & Visitors Bureau e os hotéis passem a discriminar na nota fiscal o valor recolhido pela taxa.


“O valor da taxa é opcional, mas a maior parte das redes hoteleiras não informava a cobrança, o que levava muitos hóspedes a pagarem a taxa sem saber”, informa o termo de conduta.


“O room tax ou tourism tax é uma contribuição que precisa ser espontânea e não obrigada, o hóspede precisa estar ciente do que está pagando e para onde vai esse valor”, alerta a advogada do órgão de defesa do consumidor (PROCON – Foz), Adriana Meneghetti.


Quando cobrada sem a devida informação a taxa fere os direitos do consumidor e, por isso, está provocando várias ações da justiça em todo o país. Além do Paraná, a justiça já determinou mudanças na forma de tratamento da taxa em São Paulo e Bahia.


A contribuição serve para manter as ações de divulgação dos destinos turísticos das cidades onde o reforço é recolhido. Os hotéis repassam o valor arrecadado para o Convention & Visitors Bureau onde é feita a destinação.


Foz do Iguaçu - Em Foz do Iguaçu a contribuição leva um nome diferenciado porque segundo o coordenador de relações institucionais do Iguassu Convention & Visitors Bureau (ICVB), Cleverson Gonzalez, o hóspede que colabora recebe benefícios, “como o tratamento médico em caso de acidente” explica.


Dependendo da categoria do hotel o valor da taxa varia de R$ 1,20 até R$ 4. Os hotéis associados ao ICVB, denominados de mantenedores, totalizam 22 e são eles que realizam o repasse da verba. 70% da arrecadação do ICVB provem de verbas do tourism tax e outros 30% de empresas mantenedoras.


O que também preocupa o Ministério Público é o jeito de arrecadação e o repasse desse dinheiro para o Convention & Visitors Bureau. O ICVB não realiza, por exemplo, nenhum tipo de fiscalização para saber se o que foi arrecadado no hotel está sendo mesmo repassado para a instituição. “Trabalhamos na forma de confiança. O hotel declara em uma ficha o que é arrecadado e o número de hóspedes. Esta é a única fonte, então temos que acreditar e confiar nos hotéis”, revela. Porém Cleverson ainda garante que em dois anos de nova gestão a arrecadação da taxa vem constantemente aumentando, embora não informe o valor do acréscimo.


A redação do Click Foz do Iguaçu tentou entrar em contato com o presidente do ICVB, Enio Eidt, para obter mais informações da dinâmica do recolhimento, porém não conseguiu retorno. A responsável pelo setor financeiro, Fernanda Ribas, e a assessoria de impressa responderam que a instituição não faz o torna pública este tipo de informação, sendo restrita para os mantenedores ou informada em balanço oficial.


ABAV/SP faz campanha de estímulo à Room Tax


Consciente da importância do Room Tax para o turismo e num louvável exemplo de cooperação de entidades da indústria turística, a ABAV/SP decidiu lançar uma campanha de estímulo à arrecadação. A idéia é disseminar entre associados e cadeia produtiva que o recurso proveniente das taxas, depois de repassado aos bureaux das cidades em que a taxa é cobrada, como o São Paulo Convention & Visitors Bureau, é investido em melhorias para o setor.


Pensando nisso, a ABAV/SP aproveita encontros e treinamentos com agentes de viagens associados para ressaltar a importância da taxa. O presidente da ABAV/SP, Edmar Bull explica que “sempre usamos essas reuniões para reforçar que o agente tem papel fundamental no sucesso da arrecadação. Recentemente colocamos cartazes em salas de treinamento parabenizando esses profissionais pela sua participação nas cobranças. O valor do Room Tax é pequeno, mas se cada um dos mais de 10 milhões de turistas que visitam a capital todos os anos contribuir, o SPCVB terá mais subsídios para investir na cidade, assegurando benefícios diretos e indiretos para o turismo”.


Room Tax é uma taxa de turismo facultativa, somada à diária dos hotéis a cada dia de permanência dos hóspedes e revertida para o Convention & Visitors Bureau, que, no caso de São Paulo, viabiliza os melhores e mais eficazes progra-mas de fomento ao setor.


Com estes recursos a entidade atua em cinco eixos de ação:


• Captação – viabiliza a produção de material de apoio e visitas para captação de mais eventos para a cidade, aumentando a ocupação hoteleira;


• Capacitação – oferta de programas de capacitação para profissionais de atendimento, principalmente dos hotéis;


• Comunicação – elaboração de material promocional, mapas, dicas, descontos e divulgação da campanha São Paulo é Tudo de Bom;


• Controle – levantamento de informações e dados da cidade para análise e oportunidades de negócios aos associados;


• Cooperação – sem contar a atuação conjunta com entidades de classe em prol do fortalecimento do setor.


Todas as manifestações encaminhadas por e-mail para secretaria@abavsp.com.br em apoio à campanha, serão divulgadas em novas peças de comunicação previstas para veiculação nos próximos meses.


Seria ótimo se a ABAV Nacional e as outras ABAVs regionais seguissem o exemplo da ABAV/SP, educando e estimulando seus associados para que a Room Tax não só seja adotada pelo maior número possível de destinos turísticos como também para que as agencias possam educar seus clientes sobre a importância dessa taxa. É importante que seja deixado bem claro: Room Tax não é mais um imposto, é taxa e facultativa.


E o que é que eu tenho com isso?


Agora você pode perguntar: o que é que isso tem a ver com viagens de negócio? A resposta é: tudo! Viagens corporativas também são turismo. É o chamado turismo corporativo. E quando um Convention Bureau consegue atrair mais visitantes para determinado destino, está fazendo com que toda a infraestrutura de turismo daquele destino tenha razão para investir em melhorias. De hotéis a restaurantes, locadoras e empresas de taxi, de aeroportos a rodovias, de prestadores de serviço às autoridades responsáveis por sinalização, policiamento, estacionamento, etc.


Leia também:


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2. ABAV-SP reconhece a importância da cobrança de serviços para viagens corporativas e lança curso sobre “fees”


3. Reed confirma para 2011 sua nova feira de viagens corporativas e eventos nos EUA


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agosto 2nd, 2009




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